Um mês após seu lançamento, o Facebook fala de forma um tanto misteriosa sobre o avanço da novidade
Na última sexta-feira (10/05), o Facebook Home completou um mês. Em um evento para a imprensa, na semana passada, a empresa falou sobre como o aplicativo tem se virado em suas primeiras semanas no mercado.
O veredito até agora? Não é exatamente uma grande coisa.
Os cabeças do projeto, Cory Ondrejka e Adam Mosseri, afirmam que o aplicativo está se aproximando de um milhão de downloads. Parece impressionante, mas um milhão de downloads é inferior a 0,1% de toda a base de usuários ativos mensais do Facebook, que é maior que 1.1 bilhão de pessoas a cada mês. E como a própria empresa divulgou em seu último relatório, mais de 750 milhões dessas pessoas visitam o Facebook regularmente através de dispositivos móveis. Ou seja, um milhão de downloads é apenas uma gota no oceano da rede social.
O Facebook insiste que não está tão preocupado com os números: "[O número de downloads] Não é realmente importante para nós. O importante é saber se as pessoas estão gostando dos aplicativos", disse Mosseri aos repórteres.
De acordo com o Facebook, a satisfação do usuário, neste caso, é o impulso da estratégia de lançamento do Facebook Home. Embora a novidade esteja disponível para download em todo o mundo, apenas cinco modelos de dispositivos Android são capazes de instalar o software - um montante pequeno se comparado às centenas de aparelhos Android disponíveis no mercado. A empresa afirma que o procedimento é uma estratégia premeditada: eles estão liberando lentamente o software para selecionar os dispositivos mais compatíveis, ouvir o feedback dos usuários e afinar o produto em futuras atualizações, fazendo com que os usuários fique satisfeitos. (Esse é o objetivo, pelo menos.)
O problema é que o Facebook ainda não tem como saber quantos desses de downloads realmente resultaram em instalações e em uso prolongado do aplicativo. Downloads, afinal de contas, não garantem o uso continuado ou mesmo ocasional. E, como muitos dos comentários negativos na Google Play apontam, não há nada que impeça um usuário insatisfeito de apagar imediatamente o Home logo após sua instalação.
Entretanto, o Facebook forneceu alguns dados animadores, apesar de um tanto inconclusivos: os usuários que baixaram o software gastam 25% a mais de tempo no Facebook como um todo, e os recursos favoritos desses usuários são o Chat Heads e o Cover Feed. Apesar de chamarem a atenção dos usuários, o envolvimento com os dois recursos não nos dão uma imagem clara de quantas pessoas estão realmente usando e desfrutando o Home.
A estratégia por trás da pouca informação parece ser a mesma utilizada pela Amazon na hora de divulgar os números de vendas do Kindle, ou a da Google, que divulga estatísticas difusas sobre o Google Plus. É difícil tomar uma novidade a sério quando a empresa não está disposta a fornecer métricas significativas sobre engajamento e uso do produto em questão.
É interessante e válido que o Facebook esteja disposto a ouvir o feedback dos usuários para melhorar o produto regularmente. Mas até que a empresa comece a divulgar dados reais sobre sua utilização e a satisfação dos usuários, ainda não é possível cantar vitória.
O veredito até agora? Não é exatamente uma grande coisa.
Os cabeças do projeto, Cory Ondrejka e Adam Mosseri, afirmam que o aplicativo está se aproximando de um milhão de downloads. Parece impressionante, mas um milhão de downloads é inferior a 0,1% de toda a base de usuários ativos mensais do Facebook, que é maior que 1.1 bilhão de pessoas a cada mês. E como a própria empresa divulgou em seu último relatório, mais de 750 milhões dessas pessoas visitam o Facebook regularmente através de dispositivos móveis. Ou seja, um milhão de downloads é apenas uma gota no oceano da rede social.
O Facebook insiste que não está tão preocupado com os números: "[O número de downloads] Não é realmente importante para nós. O importante é saber se as pessoas estão gostando dos aplicativos", disse Mosseri aos repórteres.
De acordo com o Facebook, a satisfação do usuário, neste caso, é o impulso da estratégia de lançamento do Facebook Home. Embora a novidade esteja disponível para download em todo o mundo, apenas cinco modelos de dispositivos Android são capazes de instalar o software - um montante pequeno se comparado às centenas de aparelhos Android disponíveis no mercado. A empresa afirma que o procedimento é uma estratégia premeditada: eles estão liberando lentamente o software para selecionar os dispositivos mais compatíveis, ouvir o feedback dos usuários e afinar o produto em futuras atualizações, fazendo com que os usuários fique satisfeitos. (Esse é o objetivo, pelo menos.)
O problema é que o Facebook ainda não tem como saber quantos desses de downloads realmente resultaram em instalações e em uso prolongado do aplicativo. Downloads, afinal de contas, não garantem o uso continuado ou mesmo ocasional. E, como muitos dos comentários negativos na Google Play apontam, não há nada que impeça um usuário insatisfeito de apagar imediatamente o Home logo após sua instalação.
Entretanto, o Facebook forneceu alguns dados animadores, apesar de um tanto inconclusivos: os usuários que baixaram o software gastam 25% a mais de tempo no Facebook como um todo, e os recursos favoritos desses usuários são o Chat Heads e o Cover Feed. Apesar de chamarem a atenção dos usuários, o envolvimento com os dois recursos não nos dão uma imagem clara de quantas pessoas estão realmente usando e desfrutando o Home.
A estratégia por trás da pouca informação parece ser a mesma utilizada pela Amazon na hora de divulgar os números de vendas do Kindle, ou a da Google, que divulga estatísticas difusas sobre o Google Plus. É difícil tomar uma novidade a sério quando a empresa não está disposta a fornecer métricas significativas sobre engajamento e uso do produto em questão.
É interessante e válido que o Facebook esteja disposto a ouvir o feedback dos usuários para melhorar o produto regularmente. Mas até que a empresa comece a divulgar dados reais sobre sua utilização e a satisfação dos usuários, ainda não é possível cantar vitória.